Ministério da Cultura e Instituto Cultural Vale apresentam
Orquestra Sinfônica Brasileira realiza concertos da Série Músicos da OSB, dias 20 e 21 de julho, na Cidade das Artes
Grupo de cordas da OSB se apresenta no Teatro de Câmara
Nos dias 20 e 21 de julho, um grupo de cordas da Orquestra Sinfônica Brasileira sobe ao palco do Teatro da Câmara da Cidade das Artes para mais um espetáculo da Série Músicos da OSB. O conjunto de músicos interpreta obras de Johannes Brahms e Felix Mendelssohn. No domingo, a récita será no formato Concertos para Juventude – apresentações comentadas com cunho didático.
Em parte afetado por seu severo perfeccionismo, em parte assombrado pelo fantasma de Beethoven, Johannes Brahms levou alguns anos até trazer a público seus ensaios em certos gêneros consagrados de composição. Sua primeira sinfonia começou a ser concebida no início da década de 1855, mas só foi de fato concluída em 1876; seus primeiros quartetos de cordas, publicados em 1873, foram antecedidos por outros 20, todos descartados por não serem bons o bastante segundo a severa autocrítica do compositor. Por conta desses obstáculos psicológicos, certas formações musicais menos exploradas acabaram por se revelar um território mais propício para a imaginação criativa de Brahms, como atesta o seu Sexteto No. 1, Op. 18, que abre estes concertos da Orquestra Sinfônica Brasileira. A composição consorcia o sofisticado rigor formal do jovem alemão com certo frescor e espontaneidade reminiscente dos divertimenti clássicos, resultando em uma criação de profundo equilíbrio.
Na obra que será ouvida em seguida, surpreende o contraste entre a qualidade do conteúdo musical e a pouca idade de seu criador: Felix Mendelssohn tinha apenas 16 anos quando completou o seu Octeto em Mi Bemol Maior, Op. 20. Embora à primeira vista a composição possa sugerir ser fruto de pura e absoluta inspiração, sabe-se que Mendelssohn trabalhou exaustivamente nela, mesmo após a sua publicação, em 1832. Para escrever esta obra-prima – por vezes apontada como ponto inicial de sua maturidade artística – Mendelssohn tomou por modelo o Quarteto Duplo Op. 65, de Louis Spohr. No entanto, enquanto esta obra apresenta uma natureza antifonal, o Octeto revela certa vocação sinfônica: o próprio compositor indica na partitura que a peça deve ser "tocada por todos os instrumentos no estilo de uma sinfonia".
A ORQUESTRA SINFÔNICA BRASILEIRA:
Fundada em 1940, a Orquestra Sinfônica Brasileira é reconhecida como um dos conjuntos sinfônicos mais importantes do país. Em seus 83 anos de trajetória ininterrupta, a OSB já realizou mais de cinco mil concertos e é reconhecida pelo pioneirismo de suas ações, tendo sido a primeira orquestra a realizar turnês pelo Brasil e exterior, apresentações ao ar livre e projetos de formação de plateia. Composta atualmente por mais de 70 músicos brasileiros e estrangeiros, a OSB contempla uma programação regular de concertos, apresentações especiais e ações educativas, além de um amplo projeto de responsabilidade social e democratização de acesso à cultura. Para viabilizar suas atividades, a Fundação conta com a Lei Federal de Incentivo à Cultura, tem o Instituto Cultural Vale como Mantenedor Amazônia, Shell como Patrocinador Cerrado, NTS - Nova Transportadora do Sudeste como Patrocinador Mata Atlântica, Itaú - Redecard e Volvo como Patrocinadores Caatinga, Brookfield e Sergio Bermudes Advogados como Patrocinadores Pampa, CYMI como Patrocinador Pantanal e Bradesco como Patrocinador da Série Mundo, além de um conjunto de apoiadores culturais e institucionais.
PROGRAMA 21 de julho:
JOHANNES BRAHMS - Sexteto nº 1, op. 18
I. Allegro ma non troppo
II. Andante ma moderato
III. Scherzo: Allegro molto
IV. Rondo: Poco allegretto e grazioso
- INTERVALO
FELIX MENDELSSOHN - Octeto em Mi bemol maior, op. 20
I. Allegro moderato ma con fuoco
II. Andante
III. Scherzo IV. Presto