A exposição "Que baleia é essa?" apresenta ao público um grande esqueleto de Baleia-Cachalote pertencente à espécie Physeter macrocephalus. Esta baleia encalhou na Praia de Curimãs, município de Barroquinha-CE, em 1 de janeiro de 2014. Tratava-se de um animal adulto, do sexo masculino, com 15,7 m de comprimento.
O cachalote ( Physeter macrocephalus ), ou chacharréu, é o maior dos cetáceos com dentes, bem como o maior animal contendo dentes que existe atualmente (podendo medir até 20 metros de comprimento). Este esqueleto está montado no Foyer na Grande Sala. A parceria para sua aquisição foi feita pela instituição Aquasis junto ao Museu Nacional em dezembro de 2020. A Aquasis representa a única instituição licenciada no Ceará para atendimento de encalhes de mamíferos marinhos, incluindo a autorização para coleta e transporte de amostras biológicas in situ e ex situ. Dessa forma foi possível ter acesso ao espécime que é o foco desta exposição.
Através deste exuberante exemplar de baleia cachalote, o Museu Nacional/UFRJ pode explorar alguns aspectos relacionados a Biologia e Biodiversidade, que são temas diretamente relacionados com algumas das pesquisas científicas de excelência desenvolvidas na instituição. A opção em expô-la atende a missão institucional de comunicação e divulgação científica. Conheça um pouco mais sobre o mundo dos cetáceos e das baleias. Agora conheça um pouco mais do universo da baleia que movimentou o romance Moby Dick de autoria do escritor estadunidense Herman Melville, que imortalizou a cachalote na literatura e no cinema, tornando-a um animal que movimenta o imaginário popular.
COMO ESSA BALEIA FOI PARAR NO MUSEU NACIONAL?
O esqueleto aqui exposto é de uma baleia cachalote, do sexo masculino, com comprimento de 15,70 m. O nome científico da espécie é Physeter macrocephalus, que vem do grego e significa, simplificadamente, “cabeça grande com narinas”.
Este cachalote foi encontrado encalhado na Praia de Curimãs, localizada no município de Barroquinha, Ceará, em 1º de janeiro de 2014. Apesar de ter encalhado ainda vivo, não resistiu, falecendo logo em seguida. O registro do animal foi realizado pelo então coordenador de resgate de mamíferos marinhos da ONG Aquasis, Antônio Carlos Amâncio, juntamente com uma equipe de biólogos do Instituto Tartarugas do Delta-ITD, contando também com o apoio da prefeitura de Barroquinha. O animal foi enterrado na praia, longe da arrebentação, para que os ossos não fossem perdidos durante o processo de decomposição da carcaça.
Em dezembro de 2020, o esqueleto foi desenterrado pela empresa Amâncio Osteomontagem Ltda, com apoio da prefeitura municipal de Barroquinha. Depois disso, passou por limpeza e foi enviado para o Museu Nacional/UFRJ, com o propósito de integrar o novo acervo expositivo do Palácio da Quinta da Boa Vista, que está sendo reconstruído.
Antes de ser integrado à exposição definitiva do museu, o cachalote vai permanecer exposto ao público na Cidade das Artes Bibi Ferreira, o que foi viabilizado através de parceria entre a Prefeitura do Rio de Janeiro | Riotur e o Museu Nacional/UFRJ.