DA ESTÁTUA À PEDRA - INVENÇÃO E ESTILO EM SARAMAGO
No rastro de nossa poética língua e a luz da psicanálise, o projeto Língua Viva parte da literatura, dos autores e de suas obras, compostas em português, para promover o debate sobre temas que estão constantemente em causa para escritores e psicanalistas, interessando o público em geral.
Ler é uma grande aventura. Nunca mais se é o mesmo depois do encontro com uma grande obra. O escritor, através de sua escrita e estilo, crava as unhas no corpo do leitor, deixando neste últimos as suas marcas, como propõe José Castelo.
É no leitor que se reconhece os vestígios, a invenção e o estilo do autor. O leitor faz da literatura "coisa viva".
"...o que realmente me preocupa é o Passado, é sobretudo o destino da onda que se quebra na praia, a humanidade empurrada pelo tempo sempre regressa, levando consigo, no refluxo, uma partitura, um quadro, um livro ou uma revolução. Por isso prefiro falar de vida do que de literatura, sem esquecer que a literatura está na vida e que sempre teremos perante nós a ambição de fazer da literatura vida". (José Saramago em "Da Estátua à Pedra).
COORDENADORES DO PROJETO: ABÍLIO RIBEIRO ALVES E MARÍLIA FLORES
Abílio Luiz Ribeiro Alves, Graduação e Especialização pela PUC-RJ; psicanalista membro da ELP-RJ; coordenador do seminário Política e Ética na Psicanálise; autor do romance Siboney, publicado pela Editora Verve.
Marília Flores, graduada e pós-graduada em psicologia pela UFF; psicanalista membro titular da SPID; professora colaboradora da SPB; co-autora do livro "Escritos sobre Psicanálise e Literatura", Ed. Companhia de Freud. Apaixonada por literatura, vem há anos dedicando-se a pesquisar a interface deste campo com a psicanálise, tendo idealizado e coordenado por quatro anos o projeto Interlocuções: Psicanálise e Literatura na Cidade das Artes.