A genialidade das composições de Astor Piazzolla será apresentada pelo grupo Corda, dias 17 e 18 de novembro, na Cidade das Artes, no Teatro de Câmara, na primeira performance do Corda na Barra. O grupo tem uma formação inusitada de violoncelo, violino, contrabaixo, piano e bateria. Os búlgaros Emilia Valova, violoncelo, e Nikolay Sapoundjiev, violino, se juntam ao trio de piano, Ana Beatriz Azevedo, contrabaixo, Lipe Portinho, e ao baterista André Tandeta. Com uma legião de seguidores, o grupo Corda tem lotado seus espetáculos, como na última apresentação no Savassi Festival de Jazz na Sala Cecília Meireles.
A formação erudita do violino e do violoncelo – Nikolay e Emília são músicos búlgaros que integram a OSB – acentua a vivência do próprio Piazzolla que, em sua trajetória rumo ao tango, passou pelo jazz e bebeu muito na fonte da música erudita. Quando criança, Piazzolla aprendeu piano com o húngaro Bela Wilde, discípulo do compositor Rachmaninoff e, já adulto, teve sua formação marcada pelos ensinamentos da professora francesa de harmonia, Nadia Boulanger. Reza a lenda, inclusive, de que foi Nadia quem apontou ao artista o rumo definitivo do tango afirmando que era nesse estilo que residia o verdadeiro Piazzolla.
O repertório foi adaptado do original para a formação de Corda por Ana Azevedo e Lipe Portinho, dois conhecidos arranjadores cariocas que estão à frente de grupos como: Tutti, Gravíssimo Bass Ensemble e Orquestra de Bolso. “Apesar da existência de um grande violinista no Corda, quase todas as composições foram “desconstruídas” para que o violoncelo pudesse estar no colorido das obras - não só no lugar do bandoneon, mas várias vezes também como solista das partes de violino”, explica o líder do grupo, Lipe Portinho.
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