O tempo é só uma questão de cor
O espetáculo “O tempo é só uma questão de cor” apresenta ao público contos, crônicas e fragmentos de textos diversos de Caio Fernando Abreu. As histórias e situações levadas para cena abordam temas como o amor, as dificuldades dos relacionamentos afetivos em suas diversas formas, a falta de comunicação entre as pessoas e a solidão do homem contemporâneo. Textos que traduzem com emoção, humor e reflexão o universo do escritor que foi e ainda é um dos autores mais apreciado e consumido, não só através de seus livros como também através de sites e blogs que habitam o mundo virtual, principalmente das novas gerações que “descobriram” a prosa, o pensamento e a crítica de Caio Fernando Abreu, com o qual se identificam totalmente.
A pesquisa, seleção dos textos e dramaturgia final foi realizada pelo diretor do espetáculo Antonio Gilberto, que com a parceria de Mauricio Silveira, mergulhou no universo de Caio trazendo para o público temas e situações de uma literatura viva, emocionante , instigante, atual, que nos convida a uma reflexão sobre a nossa existência nesses difíceis tempos que vivemos. Mas Caio nos lembra que o “tempo é só uma questão de cor” e que na vida, que
precisa ser vivida, tudo passa... Com este trabalho o diretor Antonio Gilberto dá continuidade a sua pesquisa trazendo novamente para a cena textos literários (sem adaptação teatral) que são apresentados ao público, através da atuação de um único ator, como narrativas (realizadas por um “narrador” ou por um “personagem”) e também como dramatizações (de situações e conflitos criados pelos personagens). Os textos reunidos são de obras distintas e independentes, mas a partir da dramaturgia realizada, da concepção do espetáculo e da atuação de Maurício Silveira, podemos supor que formam uma única história. História que termina com um diálogo do ator/narrador/personagem com os espectadores.
O Autor
Caio Fernando Abreu (Santiago do Boqueirão, RS, 1948 - Porto Alegre, RS, 1996). Contista, romancista, dramaturgo, jornalista. Muda-se para Porto Alegre, em 1963. Publica seu primeiro conto,O Príncipe Sapo, na revista Cláudia, em 1963. A partir de 1964 cursa Letras e Arte Dramática na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), mas abandona ambos os cursos para dedicar-se ao jornalismo. Transfere-se para São Paulo em 1968, após ser selecionado, em concurso nacional, para compor a primeira redação da revista Veja. Seu talento de escritor foi logo reconhecido com o prêmio da União Brasileira de Escritores a seu primeiro livro de contos, Inventário do ir-remediável (1970). Na década de 70 morou no Rio de Janeiro, em Estocolmo e em Londres. Voltou a São Paulo em 1981, onde atuou como jornalista, escritor e editor de livros. Escreveu as seguintes obras: Inventário do Irremediável (1970), O Limite Branco (1971), O Ovo Apunhalado (1975), Pedras de Calcutá (1977), Morangos Mofados (1982), Triângulo das Águas (1983), As Frangas (1988), Os Dragões não conhecem o Paraíso (1988), Onde andará Dulce Veiga (1990), Ovelhas Negras (1995) e Pequenas Epifanias (1996). Por seu trabalho literário, recebeu os prêmios Fernando Chinaglia (1970), Status (1980), Prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro (em 1984 e 1989), e seus textos foram
traduzidos para diversas línguas.
O Diretor
Antonio Gilberto, diretor, pesquisador e produtor teatral, formou-se em Artes Cências/Direção Teatral na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e em Psicologia na PUC/RS. Estreou profissionalmente em 1984 , na cidade do Rio de Janeiro, como Assistente de Direção de Domingos Oliveira no espetáculo "Irresistível Aventura", produzido e protagonizado pela atriz Dina Sfat. Realizou a produção executiva da excursão nacional dos espetáculos "Irresistível Aventura", "De Braços Abertos", "Meno Male!", "Uma Relação Tão Delicada", “Desejo”, "Apareceu a Margarida" e "A Dama do Cerrado". Idealizou e foi curador de vários Ciclos de Leituras e Simpósios nacionais e internacionais sobre a vida e a obra de autores como Goethe, Schiller, Gogol, Dostoiévski, Tolstói e Nelson Rodrigues. Dos espetáculos que dirigiu destacam-se: "Cabaret Valentin", "Como Se Fosse a Chuva" (Prêmio IBEU de Melhor Diretor de 1997), "Credores", "Werther", "Um Brinde Ao Teatro" (espetáculo que inaugurou a Caixa Cultural no RJ), "Federico García Lorca - Pequeno Poema
Infinito", "Contando Machado de Assis", "Maria Stuart", "A Esposa e a Noiva" e “Carta ao Pai” (Apresentado em 2015 no FITEI – Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica na cidade do Porto/Portugal). Publicou pela Coleção Aplauso/Imprensa Oficial/SP, as fotobiografias "Dina Sfat- Retratos de
uma guerreira", Ítalo Rossi, Isso é Tudo" e "Ziembinski, Mestre do Palco", e o roteiro teatral "Federico García Lorca - Pequeno Poema Infinito", em parceria com José Mauro Brant. Como gestor cultural foi diretor do Centro de Artes Cênicas da Funarte/MinC no período de 2003 a 2006 e 2011 a 2014.
O Ator
Mauricio Silveira, nascido na cidade do Rio de Janeiro, em 1977, formado pela Faculdade de Publicidade e propaganda UNAERP (Universidade de Ribeirão Preto) e como ator pela CAL (Casa das Artes de Laranjeiras). No teatro participou dos seguintes trabalhos: Os Meninos da Rua Paulo (2001/ (Texto: Ferenc Molnár /Dir.: Francis Mayer) Sinfonia Metástase (2000 Texto e Direção: Roberto Alvim Cabral, que Cara de Pau! (2004/Teatro infantil/Texto: Gedivan
de Alburquerque/Direção: Nico Theron) Sonho de uma noite de São João (2009/Texto e Direção: Anderson Cunha) Maria Stuart (2009/ Texto: Friedrich Schiller. Direção: Antonio Gilberto) Pulando a Cerca (2013/2015 Texto: Maurício Silveira/ Dir.Bemvindo Sequeira) Senhorita Julia e a despedida de si mesma (2014/ Texto: Beto Bellini Direção: Heitor Saraiva e Beto Bellini) Na Televisão participa na TV Globo das seguintes novelas: Paraíso Tropical (2007/Nov. de Gilberto Braga e Ricardo Linhares) Sete Pecados (2007/08/ Novela de Walcyr Carrasco) Insensato Coração ( 2011/Novela de Gilberto Braga e Ricardo Linhares) Trabalha também em outras emissoras: Preamar (HBO 2012/série) Os Mutantes: Caminhos do Coração (TV Record/2009/Nov.Tiago Santiago) Balacobaco (TV Record 2012/13/Novela de Gisele Joras) No cinema participa dos filmes: Vereda Tropical (Argentina/Brasil, 2004/Direção: Javier Torre) Bem Casados (2014/Direção: Aluizio Abranches), Solteira Quase Surtando (2016/Direção: Caco Souza) Memórias da Maré (2015/curta metragem/Roteiro e direção: Thais Drassinower) Participou como ator de várias campanhas publicitárias onde destacam-se os comerciais para Banco Itaú, Cerveja Antártica, Chevrolet, LG, Vivo, Brasas, Banco Bradesco, Brahma e Barra Shopping
Direção de Produção
Bárbara Montes Claros
2017.2 – Produtora do espetáculo Passional e O tempo é só uma questão de cor.
2017- Produtora Executiva da IV Mostra Petrobras Premmia de Teatro, do Espetáculo Ivanov
e do espetáculo A Guerra Não tem Rosto de Mulher.
2016- Produtora Executiva do espetáculo “Entre Corvos”.
2015 - Assistente de produção na V Semana do Patrimônio Fluminense, em Quissamã,
produtora executiva da Mostra de Teatro Panorama Petrobras Distribuidora de Cultura Rio de
Janeiro e Campinas, de março a julho e da Ocupação do Teatro Dulcina "Dulcina em Foco",
de agosto a setembro.Produtora Executiva do espetáculo “Closer”.
2014 –Assistente de produção do espetáculo "A Estufa", de Harold Pinter, com direção de
Ary Coslov.
2013- Produtora Executiva da Mostra de Teatro Panorama Petrobras Distribuidora de
Cultura.,São Paulo - Novembro a Março. Produtora Executiva do espetáculo “Fish & Chips ou
o que eu vim fazer aqui?”,
2013– Produtora Executiva na Ocupação do Teatro Dulcina de abril a novembro. Produtora
Executiva da Mostra de Teatro Panorama Petrobras Distribuidora de Cultura. Rio de Janeiro.
2012 – Trabalhou como assistente de produção do espetáculo “Pinteresco”, direção Ary
Coslov, assistente de produção do espetáculo português “Dona Maria a louca”, assistente de
produção do Espetáculo “Eu é um Outro”, assistente de produção do espetáculo “A Carpa”,
estagiária de direção da peça "Adeus À Carne", direção Michel Melamed
2011/2- Trabalhou na produção da temporada do Rio de Janeiro da companhia Théâtre Du
Soleil no espetáculo "Naúfragos da Louca Esperança" com direção de Ariane Mnouchkine.
Ficha Técnica:
Textos: Caio Fernando Abreu
Direção e dramaturgia: Antonio Gilberto
Atuação: Mauricio Silveira
Cenografia e figurinos: Colmar Diniz
Iuminação: Aurélio de Simoni
Preparação Vocal: Rose Gonçalves
Preparação Corporal: Lovie Elizabeth
Trilha Sonora: Gabriel Fomm
Fotografias: Guga Melgar
Programação Visual: Guto Miranda
Direção de Produção: Bárbara Montes Claros