Ministério da Cultura e Instituto Cultural Vale apresentam
Orquestra Sinfônica Brasileira abre Temporada 2024 com concerto dia 6 de março, na Cidade das Artes
Concerto de abertura homenageia as mulheres na música e leva ao palco as timpanistas Fernanda Kremer e Beth Del Grande e a soprano Rosana Lamosa
A “terra”, tema do ciclo 2023, e o conjunto de saberes de seu povo dão o tom da Temporada 2024 da Orquestra Sinfônica Brasileira, intitulada “Territórios”. Uma celebração à diversidade musical construída nas relações entre as coletividades que criam, transformam e perpetuam tradições culturais. Ao longo do ano, as atividades da OSB irão explorar os diferentes sotaques musicais de diversos territórios, do Brasil e do exterior, levando o conceito para os palcos e atividades educacionais. No dia 6 de março, a Cidade das Artes receberá o concerto de abertura da temporada, com um programa que enaltece a presença das mulheres na música. As timpanistas Fernanda Kremer e Beth Del Grande e a soprano Rosana Lamosa serão as solistas da apresentação, que contará com regência do maestro convidado Cláudio Cruz - principal regente convidado em 2024.
Geralmente posicionados no fundo do palco, os tímpanos assumem posição prestigiosa na peça de abertura do espetáculo de abertura da temporada: o fervoroso Concerto Fantasia para Dois Timpanistas e Orquestra de Philip Glass. Escrita em 2000, a composição é uma contribuição significativa de Glass ao repertório de grande escala para percussão e faz um uso imaginativo e sofisticado dos instrumentos solistas.
Na Suíte Floresta do Amazonas, obra que aparece a seguir no programa, Heitor Villa-Lobos lança mão de toda sua engenhosidade criativa, consorciando cores, timbres, ritmos e texturas para dar vida musical à paisagem silvestre. Cantos de pássaros, ritmos dançantes, melodias de sabor folclórico comparecem ao longo da suíte, enlaçados em um amplo espectro emocional que vai do vigoroso e dramático – como em "Conspiração e Dança Guerreira"–, ora comovente e lírico, como na conhecidíssima "Melodia Sentimental".
A Temporada “Territórios” chega como mais um fruto do mergulho na cultura popular, saberes e tradições do país, promovido pela Orquestra Sinfônica Brasileira nos últimos anos. “No ciclo 2023, buscamos inspiração nas fronteiras como espaços de somas, encontros e conexões. Em 2024, vamos expandir, florescer, alcançar novos territórios, onde as manifestações culturais são criadas e recriadas. Representaremos a conexão entre a terra e os povos que a ocupam, por ela se deslocam e, com seus saberes, permeiam de sentidos a natureza. Como continuidade do solo fértil de 2023, em 2024 ancoramos o conceito Territórios na fertilidade da cultura. Buscamos o conjunto de saberes e sotaques musicais do nosso Brasil, que compõem a nossa identidade”, explica a vice-presidente executiva da FOSB, Ana Flávia Cabral Souza Leite.
Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Cidade das Artes, Sala Cecília Meireles e Teatro Amazonas receberão os 40 concertos da Temporada Territórios
Os concertos estarão agrupados em quatro séries temáticas: Série Territórios, Série Mundo, Série A OSB do Brasil e Série Músicos da OSB. As apresentações ocuparão os palcos do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Sala Cecília Meireles e Cidade das Artes – Grande Sala e Teatro de Câmara.
No ciclo que leva o nome da temporada, a Série Territórios, os programas contarão com obras ligadas à origem do intérprete ou do compositor ou à narrativa que o autor utiliza na peça, fortalecendo a noção de pertencimento e saberes do povo. Os pianistas Estefan Iatcekiw e Cristian Budu, e os maestros Wagner Polistchuk e Roberto Tibiriçá são alguns dos nomes confirmados nos concertos da série.
As riquezas musicais de diferentes nações estarão em destaque na Série Mundo. Em 2024, o ciclo lançará luz sobre a música de quatro países: Rússia, Espanha, Alemanha e França, com convidados e/ou repertórios que celebram musicalmente cada uma das nações. Os maestros Javier Logioia Orbe (Argentina), Ignacio García Vidal (Espanha) e Nathalie Marin (França) e os pianistas brasileiros Gustavo Carvalho, Linda Bustani e Fabio Martino marcarão presença à frente da OSB.
A OSB do Brasil, série autoral criada pela Orquestra Sinfônica Brasileira em 2021, volta aos palcos na temporada que se inicia. São cinco espetáculos temáticos em reverência à cultura popular das cinco regiões brasileiras, que serão apresentados até o fim do ano, em dez concertos. Sudeste, Sul, Centro-Oeste, Norte e Nordeste terão suas riquezas musicais retratadas em suítes e poemas sinfônicos baseados em temas musicais do folclore brasileiro.
Os instrumentistas da Orquestra Sinfônica Brasileira estarão em evidência nos concertos da Série Músicos da OSB. No ciclo, que joga luz sobre as individualidades artísticas dos músicos da orquestra, colocando-os na posição de solistas, grupos de câmara e ensembles camerísticos realizarão apresentações para o público.
Dentre os solistas que dividirão o palco com a OSB em 2024 estão, ainda, o pianista italiano Gabriele Strata e a pianista brasileira Marina Martins. Os regentes Ira Levin, Stefan Geiger, Eduardo Pereira, Lanfranco Marcelletti e Celso Antunes também abrilhantam a programação.
Depois do sucesso do Festival Amazônico, realizado em Belém e Manaus, em 2023, a OSB retorna à capital manauara para um grande concerto no Teatro Amazonas, no dia 23 de março, sob regência do maestro titular da OSB Jovem, Anderson Alves.
Algumas efemérides serão lembradas em 2024, como o centenário de morte do compositor italiano Ferruccio Busoni, os 200 anos de nascimento do compositor austríaco Anton Bruckner e o 70º aniversário do regente brasileiro Roberto Tibiriçá. Participações no Rock in Rio e no Projeto Aquarius também estão na agenda da OSB este ano.
Com expansão do programa Conexões Musicais, Educação Musical se solidifica como importante pilar da Fundação OSB
Criado em 2017, o Conexões Musicais é o projeto de responsabilidade social da Orquestra Sinfônica Brasileira e tem como objetivo criar uma rede de interação em diversas localidades do país, promovendo transformação por meio do acesso à cultura e à educação musical. O projeto está alinhado com as práticas ESG (do inglês environmental, social, and corporate governance - meio ambiente, social e governança corporativa) e se relaciona com alguns dos ODS (objetivos de desenvolvimento sustentável nas ações e diretrizes da Agenda 2030).
No escopo do programa Conexões Musicais, que já atendeu mais projetos parceiros em 10 estados brasileiros, estão atividades como aulas de instrumentos com músicos da OSB, residências artísticas e pedagógicas, aulas de canto coral, classes de regência, concertos didáticos em escolas públicas, mentoria para projetos sociais, entre outras.
As aulas de instrumentos ministradas por músicos da OSB acontecerão em 24 pólos de educação musical parceiros. Além do Rio de Janeiro, municípios da Baixada Fluminense (Duque de Caxias, Queimados, Nova Iguaçu, Paracambi e Japeri), Belém (PA), Serra (ES), Corumbá (MS), Silves e Itapiranga no Amazonas também recebem a ação.
Dando continuidade à parceria com o Programa Vale Música, alunos dos pólos de Corumbá (MS), Serra (ES) e Belém (PA) receberão aulas no formato de Residência Pedagógica, no qual instrumentistas da OSB vão até as localidades; Imersão Artística, experiência na qual os alunos passam uma semana no Rio de Janeiro participando de aulas e ensaios; e Residência Vale Música, uma residência artística de seis meses no Rio de Janeiro acompanhando toda a agenda da Orquestra Sinfônica Brasileira e tocando nos concertos ao lado dos professores. Todas as atividades visam ao aprimoramento de técnica instrumental, prática de concerto e interpretação de estilos.
Criada em 2023, a Incubadora Conexões Musicais volta este ano para atender uma nova turma de projetos de educação musical da Baixada Fluminense. O objetivo é oferecer suporte a pequenos projetos sociais da região para que eles se formalizem e seus gestores se capacitem nas mais diversas áreas: administrativa, financeira, comunicação, entre outras. O programa se divide em etapas distribuídas entre aulas teóricas, mentorias individuais e em grupo e banca de pitching para que eles possam captar seus próprios patrocínios. É a OSB colocando a experiência do seu efetivo em campo para capacitar produtores culturais locais em busca da sustentabilidade de seus projetos. Ainda na Baixada Fluminense, as bem-sucedidas classes de canto coral e os concertos didáticos em escolas públicas da região, iniciados em 2022, seguem na programação.
OSB Jovem segue para seu segundo ano de atividades com temporada própria e mentoria de músicos da OSB
Em 2023, a Fundação Orquestra Sinfônica Brasileira recriou a OSB Jovem. O grupo reúne 50 músicos em busca de desenvolvimento musical, prática orquestral e perspectiva de carreira que foram selecionados levando em conta critérios de diversidade e inclusão social. Com o retorno da OSB Jovem, a instituição reafirmou seu compromisso com a educação musical, presente em tantos outros projetos.A iniciativa conta a apresentação da Shell.
“A manutenção da OSB Jovem se revela de extrema importância para esse grupo de jovens, que mostrou um aprimoramento impressionante já no primeiro ano de atividades. Neste segundo ano, a orquestra volta aos palcos ainda mais brilhante, evidenciando o contínuo desenvolvimento musical do conjunto”, explica Ana Flávia.
Sob regência do maestro titular Anderson Alves, a OSB levará dez concertos ao longo do ano aos teatros da UERJ (Odylo Costa, filho, Noel Rosa e Concha Acústica Marielle Franco), Cidade das Artes e Sala Cecília Meireles.
A ORQUESTRA SINFÔNICA BRASILEIRA:
Fundada em 1940, a Orquestra Sinfônica Brasileira é reconhecida como um dos conjuntos sinfônicos mais importantes do país. Em seus 83 anos de trajetória ininterrupta, a OSB já realizou mais de cinco mil concertos e é reconhecida pelo pioneirismo de suas ações, tendo sido a primeira orquestra a realizar turnês pelo Brasil e exterior, apresentações ao ar livre e projetos de formação de plateia.
Composta atualmente por mais de 70 músicos brasileiros e estrangeiros, a OSB contempla uma programação regular de concertos, apresentações especiais e ações educativas, além de um amplo projeto de responsabilidade social e democratização de acesso à cultura.
Para viabilizar suas atividades, a Fundação conta com a Lei Federal de Incentivo à Cultura, tem o Instituto Cultural Vale como mantenedor, Shell, NTS - Nova Transportadora do Sudeste, Itaú - Redecard, Volvo, Brookfield, Sergio Bermudes Advogados e CYMI como patrocinadores, Bradesco como patrocinador de série, além de um conjunto de apoiadores culturais e institucionais.
Abertura da Temporada 2024
Cláudio Cruz, regência
Beth Del Grande e Fernanda Kremer, tímpanos
Rosana Lamosa, soprano
PROGRAMA:
PHILIP GLASS – Concerto Fantasia para Dois Timpanistas e Orquestra
I. Movimento
II. Movimento - Cadência
III. Movimento
- Intervalo -
HEITOR VILLA-LOBOS – Suíte Floresta do Amazonas
I. A Floresta
II. Em Plena Floresta
III. Pássaro da Floresta - Canto 1
IV. Dança da Natureza
V. Pássaro da Floresta - Canto 2
VI. Canto na Floresta 1
VII. Conspiração e Dança Guerreira
VIII. Veleiros
IX. Em Caminhos para a Caçada
X. Cair da Tarde
XI. Os Índios em Busca da Moça
XII. Pássaro da Floresta - Canto 4
XIII. Interlúdio e Acalanto
XIV. Canto na Floresta 2
XV. Canção do Amor
XVI. Melodia Sentimental
XVII. Epílogo