O solo de dança “Entre Impermanências e Resíduos”, colaboração entre a bailarina Bruna Fiuza e a diretora Paula Águas, rodeia questionamentos sobre tudo aquilo que está em constante transformação, e o residual, tudo aquilo que se tornou acervo. Na resistência de manter o acervo vivo se constrói a história individual à medida que também se esvai.
A pesquisa acontece dentro de um sistema de improvisação em temas referentes às fases da vida: nascimento (rompimento) e seus ritmos de tensão de fluxo interno; infância (aprendizagem) e reconhecimento de seu corpo individual; juventude (liberdade) e sexualidade; adulta (questionamentos) e a possibilidade de ser outro e ancião (maturidade e paciência). De forma cíclica, porém não linear, a intérprete vai revisitando esses temas, entremeados numa constante atualização da memória, criando novos fraseados e narrativas.
'A cada vez que refaço vou me desvendando, poderia assim dizer que me reconheço, mas não me conheço.'
Ficha técnica:
Criação e performance: Bruna Fiuza
Direção: Paula Águas
Composição musical: Daniel Quaranta
Vídeo-projeção: Paula Costa
Iluminação: Aurélio Oliosi
Figurino: Paula Bohm
Produção e artes gráficas: Gabriela Jung
Apoio: Casa Gira