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Agosto de 2014
Um dos últimos românticos
Sergei Rachmaninoff nasceu em 1873 em Semyonovo, na Rússia. Vindo de uma família nobre, o jovem foi apresentado ao piano pelos seus pais, pianistas amadores.
Com dificuldades financeiras, a família se mudou para São Petersburgo, onde Rachmaninoff ingressou no Conservatório da Cidade, e depois se mudaram para Moscou. Lá, teve contato com professores como Nikolai Zverev e Alexander Siloti. Nessa época já começou a demonstrar grande habilidade na arte da composição.
Em 1897, estreou sua Sinfonia Nº 1, que recebeu críticas devastadoras. Segundo alguns historiadores à regência falha do maestro Alexander Glazunov. Arrasado por esse evento, entrou em depressão.
Apenas quando começou um tratamento com o psicólogo Nikolai Dahl , também músico, que Rachmaninoff conseguiu recuperar a autoconfiança e voltar a compor seriamente. Em 1901 lançou seu Concerto Para Piano Nº1, no qual ele mesmo solou e cuja recepção foi mais calorosa.
Esse período fértil, em que Rachmaninoff passou temporadas na Itália, Alemanha e EUA, terminou com a Revolução Bolchevique de 1917. Com a sangrenta caça às famílias nobres, o compositor, sua mulher e suas filhas deixaram definitivamente seu lar em Moscou, estabelecendo-se em Nova York.
Rachmaninoff nunca conseguiu acostumar-se com os EUA e sua produtividade caiu drasticamente após essa mudança, enquanto ele se concentrava em concertar. Na América, o compositor uniu-se a Thomas Edison e, posteriormente, à Victor Talking Machine Company para fazer algumas das primeiras gravações de música clássica, o que lhe conferiu grande notoriedade.
Já no fim da vida, o músico mudou-se com sua esposa para Beverly Hills. Com a saúde gradualmente declinando, fez seu último concerto, no qual, profeticamente, executou a Sonata Nº 2 em Si Bemol de Chopin, que contém a marcha fúnebre.
Rachmaninoff morreu em 28 de março de 1943, em Beverly Hills. Em seus últimos dias, jurava ouvir música tocando. Quando afirmaram o contrário, disse “então a música está na minha cabeça”. Sua música ficou para sempre em todas as nossas cabeças também.
Composições de Rachmaninoff e de Chopin, serão apresentadas pelo pianista Lukas Geniusas, pelo projeto Medalhas de Ouro do Piano. O espetáculo será no dia 31 de agosto, às 17 horas, na Sala I.
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