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Junho de 2014
A História das Orquestras III
Hoje continuamos contando para vocês a história das orquestras do século XVII até os dias de hoje.
Orquestras pós-Revolução Burguesa
Após a Revolução Francesa surge tendência de aumento na participação de instrumentos de sopro. Entram, finalmente, os metais. Hipóteses tratam da popularidade das fanfarras na época e a possível inspiração dessas para a nova formação orquestral. Por serem os metais instrumentos de grande potência sonora, a dimensão das orquestras teve que ser aumentada para que os outros instrumentos equilibrassem seu volume. Essa expansão da palheta de timbres trouxe novas formas de composição e performance.
Artistas como Liszt e Wagner buscam na tradição Clássica uma reformulação de princípios. A ópera de Wagner retoma a tragédia como uma expressão dionisíaca, de conflito e transformação, e a música acompanha essa dinâmica. Outros, como Brahms e Chopin, se apegam às tradições sinfônicas.
Século XX
O século XX viu uma crescente perda de espaço das orquestras, assim como um esgotamento criativo das antigas formas musicais a elas associadas. As inovações formais dos compositores de vanguarda começam a afastar o grande público que considera a musica muito sofisticada (e muitas vezes dissonantes). Somam-se a isso as dificuldades financeiras criadas pela Primeira Guerra para manter a formação das sinfônicas.
As classes mais baixas surgem como mercado consumidor e abre espaços para as expressões musicais características desses grupos. Os novos gêneros musicais como o jazz e principalmente o rock ocupam o cenário comercial da música.
Foi então que as orquestras mostraram sua versatilidade e capacidade de adaptação
Longe de desaparecer, a tradição das orquestras foi incluída no processo de sofisticação musical definido pelos artistas da contracultura. Bandas como os Beatles e os Beach Boys utilizaram bastante dos arranjos clássicos, criando o pop barroco. As tendências vanguardistas eletrônicas foram desenvolvidas por grupos como Kraftwerk e posteriormente por produtores e DJs. As orquestras sinfônicas, como é possível perceber, continuam a ser um refúgio para aqueles que buscam as mais variadas inspirações. E são fontes eternas de música, beleza e sofisticação.
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