JACKIE
Luz e escuridão da existência humana emergem em Jackie, solo inspirado na mulher e no mito Jacqueline Kennedy Onassis. Coreografado pelo português André Mesquita e interpretado pela brasileira Fabiana Nunes, este trabalho procura refletir a força de uma mulher que carregou o fardo de um assassinato amplamente midiático e a perda de diversos familiares, mantendo-se visivelmente altiva e aparentemente resiliente.
O solo é livremente inspirado no monólogo de mesmo nome da autora austríaca Elfriede Jelinek, que compõe a obra “Prinzessinnendramen” (“Dramas de princesas”) juntamente com outros 4 monólogos que retratam a vida de princesas, sejam estas fictícias, reais ou denominadas como tal por conta do papel que exerceram no mundo, como é o caso de Jackie. Num texto que transita entre ficção e realidade, utilizando neologismos e constantes referências à filosofia e à música, Jelinek evidencia a personalidade da eterna primeira dama da América, fazendo uma retrospectiva abstrata da vida e do casamento com Jack (John Kennedy), bem como dos momentos vividos após o assassinato do marido.