A KBMK Empreendimentos Culturais e 7 Produções apresentam:
O espetáculo “O menino é pai do homem" tem direção de Moacir Chaves, a partir da obra de Machado de Assis “Memórias Póstumas de Brás Cubas”.
No elenco: Anderson Oli, Elisa Pinheiro, José Mauro Brant, Karen Coelho, Márcia Santos e Monica Biel.
A peça inaugura a NAVE DE LUZ, espaço cênico multimídia concebido pelo iluminador Paulo Cesar Medeiros e desenvolvido pelo cenógrafo Sérgio Marimba para abrigar espetáculos de teatro, dança, filmes, exposições, oficinas, debates.
Machado de Assis (1839-1908) discorreu com verve e humor sobre a decadência da sociedade carioca monarquista tocando em temas ainda muito atuais como a escravidão e a desigualdade social em seu romance “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, uma história narrada em primeira pessoa por um ‘defunto-autor’: um homem da típica elite carioca que já morreu e deseja escrever a sua autobiografia.
O ‘Bruxo do Cosme Velho’, como era conhecido Machado de Assis (1839-1908), escreveu em praticamente todos os gêneros literários, sendo poeta, romancista, cronista, dramaturgo, contista, folhetinista, jornalista e crítico literário. Sua extensa obra soma 9 romances e peças teatrais, 200 contos, 5 coletâneas de poemas e sonetos, e mais de 600 crônicas.
O romance “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, publicado em 1881, inaugurou o realismo na literatura brasileira, e continua a impressionar o leitor de hoje porque, como reconhece a crítica,parece ficar mais atual à medida que o tempo passa. O texto, um retrato da decadência da sociedade carioca monarquista, toca em temas como a escravidão e a desigualdade social. É uma história narrada em primeira pessoa por um ‘defunto-autor’: um homem da típica elite carioca que já morreu e que deseja escrever a sua autobiografia.
“Não se pode entender “Memórias Póstumas” sem entender o Brasil. É um texto do século XIX e o grande marco do século XIX - na verdade, de toda a história de Brasil - é a escravidão. É preciso expiar o nosso passado, e o Brasil é mestre em jogar tudo embaixo do tapete. Nós somos o que somos porque não expiamos o nosso passado. ‘Ditadura militar? Não, não, perdoa todo mundo!’. Queremos dar alcance universal a essa fala que não é individualizada, não é nossa. É de uma nação, de um país inteiro. Nós ainda somos o país mais desigual do mundo. O país onde as pessoas se aborrecem porque pretos e pobres passaram a andar de avião, ou a frequentar a universidade.”, explica Moacir Chaves, diretor.
O humor é uma presença constante na obra de Machado, e também nesta montagem teatral. É precisamente ele quem torna palatável a apresentação de determinadas realidades ainda tão dolorosamente presentes na sociedade brasileira.
A MONTAGEM
A peça conta com seis atores e um músico, Gustavo Corsi, também diretor musical, que executa ao vivo a trilha original em diálogo com as cenas. As projeções dos irmãos Rico e Renato Vilarouca apresentam ora imagens do século XIX em documentos e fotos, ora títulos de capítulos e outras ilustrações da cena. As projeções, aliadas à luz e às subdivisões do espaço pelos tecidos de voal, propiciam uma visão multicamada da cena, com reflexos, sombras, imagens sobrepostas e/ou multiplicadas por entre os atores, que ocuparão o mesmo espaço que o público.
Os figurinos de Ney Madeira e Dani Vidal têm características andróginas, e inspiração em referências visuais da moda e das silhuetas características da época e, principalmente, das marcas de um tempo, com personagens como que saídos de páginas envelhecidas de um romance escrito há mais de século.
“Estamos falando de um escritor visionário que tinha uma capacidade absurda de criar imagens, os seus textos são muito cinematográficos. E, nesse sentido, é como se a Nave realizasse o aspecto visual da obra do Machado. Moacir está sendo muito generoso em entender que a Nave é um espaço moderno, contemporâneo, onde ele pode trabalhar para trazer uma velocidade diferente, trazer um ritmo moderno, uma visualidade diferente que possa capturar a sensibilidade e a atenção desse público que hoje está no celular.”, reflete Paulo Cesar Medeiros, idealizador do projeto.
FICHA TÉCNICA DA PEÇA
Idealização e Coordenação Geral: Paulo Cesar Medeiros
Direção do espetáculo: Moacir Chaves
Direção de Produção: Tenara Gabriela
Elenco: Anderson Oli, Elisa Pinheiro, José Mauro Brant, Karen Coelho, Márcia Santos e Monica Biel
Cenário: Sérgio Marimba
Conteúdo Audiovisual: Rico Vilarouca e Renato Vilarouca
Direção Musical e Música ao Vivo: Gustavo Corsi
Iluminação: Paulo Cesar Medeiros
Visagismo: Beto Carramanhos
Design Gráfico: Karla Kalife
Assistente de Direção: Sther Missad
Fotos: Dalton Valério
Designer de Som: Branco Ferreira
Designer de Led Digital: Rodrigo Melo
Consultoria e Instalação do Sistema de Vídeo: Vanderson Vieira
Produção e Coordenação técnica: Luiz Kerche
Assistente de Produção: Nil Mendonça
Realização: KBMK Empreendimentos Culturais e 7 Produções
Assessoria de Imprensa: JSPontes Comunicação - João Pontes e Stella Stephany
PAULO CESAR MEDEIROS
Com 38 anos de carreira e mais de 1.000 projetos de iluminação realizados, já trabalhou com os principais artistas do país, como Bibi Ferreira, Domingos Oliveira, Marília Pêra, Marco Nanini, Amir Haddad, Gabriel Vilela, Aderbal Freire-Filho, Sérgio Britto, Hector Babenco, Paulo de Moraes, Karen Acioly, Charles Moeller e Cláudio Botelho, Paulo José, Ítalo Rossi, Jorge Fernando, João Falcão, Wolf Maya, Daniel Herz, João Fonseca, Jacqueline Laurence, Ernesto Piccolo, Bôsco Brasil, Stella Miranda, Gustavo Gasparani, Maria Bethânia, Ivan Lins, Paulinho da Viola, Zélia Duncan, Paulinho Moska, Geraldo Azevedo, Cauby Peixoto e Oswaldo Montenegro.
Recebeu mais de 100 indicações e 21 prêmios nas principais premiações de São Paulo e Rio de Janeiro - Prêmios Shell, APTRs, Bibi Ferreira, Aplauso, Cenyn, CEBTIJ, Zilka Salaberry, Reverência, Sated, Femsa, Prêmio Coca-Cola de Teatro Infantojuvenil, entre outros. Entre seus trabalhos laureados, estão ‘O Pequeno Príncipe’, direção de João Falcão; ‘O despertar da primavera’ e ‘7, o Musical’, de Charles Moeller e Cláudio Botelho; ‘Alô Dolly’, de Miguel Fallabela; e o infantil ‘As Aventuras do Menino Iogue’, direção de Arlindo Lopes. Trabalhou ainda em ‘Uma história de borboletas’ e ‘A dama da noite,’ de Gilberto Gawronski; ‘Blue Jeans’, com direção de Wolf Maya; ‘O Cortiço’, com direção de Sérgio Britto; ‘Company’, e ‘Um dia de sol em Shangrilá’, ambos com dramaturgia e direção de Charles Möeller.
MOACIR CHAVES
Moacir Chaves é diretor e professor de teatro. Formado em Teoria do Teatro pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Uni-Rio), instituição em que concluiu seu mestrado e doutorado. Dirigiu diversos espetáculos, entre eles, ‘Labirinto’, ‘A Negra Felicidade’ e ‘O Controlador de Tráfego Aéreo’, com o grupo Alfândega 88; ‘A Lua Vem da Ásia’, com Chico Diaz; ‘O Jardim das Cerejeiras’, com Deborah Evelyn e Leandro Daniel Colombo; ‘Macbeth’, com Fabiula Nascimento e Bruce Gomlevsky; ‘Utopia’, com Maria Clara Gueiros e Alessandra Maestrini; ‘Fausto’, com Fernando Eiras e Gabriel Braga Nunes; ‘Por Mares Nunca Dantes’, com Tonico Pereira e Orã Figueiredo; ‘Inutilezas’, com Bianca Ramoneda e Gabriel Braga Nunes; ‘A Resistível Ascensão de Arturo Ui’, com Luiz Fernando Guimarães e Oswaldo Loureiro; ‘Bugiaria’, com Cândido Damm e Cláudio Mendes; ‘O Altar do Incenso’, com Marília Pêra e Gracindo Junior; ‘Dom Juan’, com Edson Celulari e Cacá Carvalho; ‘Sermão da Quarta-feira de Cinza’, com Pedro Paulo Rangel; ‘Roberto Zucco’, com Guida Vianna e Marcelo Valle; e ‘Esperando Godot’, com Rogério Cardoso e Denise Fraga. Recentemente dirigiu ‘Utopia D’, com Josie Antello e Julio Adrião; ‘Antígona’, com Naruna Costa, Celso Frateschi e Pascoal da Conceição; e ‘Imagina esse Palco que se Mexe’, com Elisa Pinheiro e Karen Coelho.
SÉRGIO MARIMBA
É artista plástico e cenógrafo. Autodidata, iniciou sua carreira em 1982 no carnaval, desenvolvendo estruturas e esculturas em metal para alegorias e fantasias para as escolas de samba no Rio de Janeiro. Mesmo trabalhando como cenógrafo em teatro, televisão, cinema, shows e eventos, continuou com os projetos de carnaval, tendo sempre como desenvolvimento principal as estruturas em ferro, movimentos e materiais alternativos nas confecções das alegorias.
No decorrer do processo de pesquisas com materiais alternativos, deu ênfase a cenários no teatro. Especialmente nas artes cênicas, trabalhou na criação de cenografia com renomados diretores. Foi laureado com os Prêmios Mambembe, Rio Dança e outros. Em 1998, participou do ‘Oerol Festival’, na Holanda, como cenógrafo convidado da companhia de teatro Dogtroep. Trabalhou em mais de 180 produções de espetáculos de teatro, música, dança e eventos. Recentemente foi indicado para 5 prêmios de teatro com a peça ‘O Auto do Reino do Sol’, da Companhia A Barca dos Corações Partidos. E ao 12° Prêmio APTR com o espetáculo ‘Monólogo Público’ do Diretor e ator Michel Melamed. E também indicado como Cenógrafo pelo conjunto da obra ao PRÊMIO PROFISSÃO ENTRETENIMENTO 2017/ IATEC - SESC.