Após um longo período de confinamento, vivemos um surto psicótico atípico na cidade de Lisboa. Este surto manifesta-se essencialmente em cidadãos que circulam em grupos, geralmente de indivíduos ligados às artes, consistindo numa espécie de esquizofrenia paranoide coletiva onde a alucinação e a perda da noção da realidade são os sintomas imediatamente observáveis. Não será, por isso, de estranhar, que se deparem repentinamente com pacientes que, por exemplo, com um brinquedo na mão, julguem estar na posse de um Stradivarius ou de outro qualquer instrumento musical de qualidade. Quando se juntam com os seus brinquedos, estes indivíduos chegam a acreditar que estão numa orquestra. Uns acreditam serem grandes músicos ou maestros renomados. Outros acreditam serem personagens de ópera, como a Carmen de Bizet, o Nemorino do Elixir do Amor de Donizetti, o Duque de Mântua do Rigoletto de Verdi, ou a Rainha da Noite da Flauta Mágica de Mozart…
Uma hilariante sátira ao mundo formal da orquestra, onde a ORQUESTRA DOS BRINQUEDOS DE LISBOA nos fará viajar do Renascimento ao Século XX, passando pelos grandes hits da música orquestral e operática, com os seus instrumentos, no mínimo, peculiares.
PROGRAMA:
ORFEU Abertura (1607) - Cláudio Monteverdi
CANONE em Ré M (1680) - Johann Pachelbel
RINALDO Lascia Ch’io Pianga (1711) - G Friedrich Händel
ÁRIA em Ré M (1717) - Johann Sebastian Bach
CONCERTO PARA CLARINETE extratos (1791) - WA Mozart
A FLAUTA MÁGICA Ária Rainha da Noite (1791) - Mozart
5.ª SINFONIA / extrato (1804-1808) – L V Beethoven
L’ELISIR D’AMORE Una Furtiva Lacrima (1832) - Donizetti
CARMEN Habanera (1874) - Georges Bizet
RIGOLETTO La Donna è Mobile (1851) - Giuseppe Verdi
CONCERTO P/ PIANO n. º 1 extrato (1875) -Tschaïkowsky
SINFONIA DO NOVO MUNDO extrato (1893) – A Dvořák
ALSO SPRACH ZARATHUSTRA Abertura - Richard Strauss