Espetáculo Mask reflete sobre máscaras sociais femininas
Em performance inédita, bailarina “dança” com drone no palco
Refletir sobre as diversas máscaras sociais que as mulheres precisam assumir para sobreviver em sociedade, nos quatro cantos do mundo. Essa é a proposta do espetáculo “Mask”, que será apresentado pelo coletivo de dança Muanes, na Cidade das Artes Bibi Ferreira.
Apesar da discussão ser sobre máscaras sociais femininas, a idealizadora do projeto e diretora artística, Denise Zenicola, faz uma relação entre elas e as físicas, usadas para proteger do vírus.
A apresentação de dança contemporânea mescla técnica de dança afro, em 13 cenas, com duração de 58 minutos. No palco, seis bailarinas e um bailarino compõem a companhia de dança dialogam com recursos físicos, audiovisuais e tecnológicos. O Coletivo Muanes atua com dança afro diaspóricas há 16 anos.
As máscaras retratadas em cena são sociais, mas em alguns momentos são representadas por físicas de diversas origens, como a africana, europeia e ameríndia. Até a maquiagem e figurinos são usados como recursos alusivos, a exemplo de uma burca reproduzida no rosto das bailarinas para simbolizar esse instrumento de controle da mulher.
“Optamos por não contar uma única história, porque a cada cena tem um campo sensível próprio ativado dessa relação mulher-máscara, máscara social-máscara física, a relação das mulheres com a sociedade, quais são as máscaras que elas cotidianamente, simbolicamente, são obrigadas a usar”, justifica a diretora artística.
Um dos momentos mais emblemáticos é quando uma das bailarinas “dança” com um drone no palco. A diretora artística conta que a experiência é inédita, pois não se tem notícia de algo semelhante em um espetáculo de dança. Para realizá-la, foi necessário testes com uma empresa especializada em operação de drones.
O espetáculo trabalha com textos de acessibilidade e inclusão com áudios gravados com falas de mulheres importantes sobre o universo feminino. Conceição Evaristo, Frida Kalo, Clarisse Lispector, Anaïs Anin, mas também traz algumas da diretora artística Denise Zenicola e de uma das bailarinas, Débora Campos, presente desde o início da companhia de dança.
“Mask é uma realização do Coletivo Muanes, Zenicola Produções, Sucessivas Produções, Funarte, Governo Federal, Ministério do Turismo, Secretaria Especial de Cultura, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura, Comissão Carioca de Promoção Cultural, Fomento - Lei do ISS, Cidade das Artes, RioTur e Faperj.
Ficha Técnica:
Idealização e Direção Artística: Denise Zenicola
Assistente de Direção: Ivana D’Rosevita
Coreografias: Denise Zenicola, Coletivo Muanes e Sabrina Chaves
Bailarinas /Pesquisadoras: Debora Campos, Ivana D'Rosevita, Gika Alves, Leticia Bento, Maiara Viana, Cristiane Moreira, Robson Martins
Músico: Marcos Rum
Composição Musical: Chico Rota e Marcos Rum
Ambientação Cenográfica: Zenicola Produções
Figurinos: Regilan Deusamar e Gisele Alves
Assistente de figurino: Gisele Alves
Iluminação: Paulo Cesar Medeiros e Gilson Santos
Máscaras: Maria Adélia, Karol Schittini e Maiara Viana
Preparação Musical em tambor e Doum Doum Dance: Sabrina Chaves
Produção Executiva: Roy D'Peres
Direção de Produção: Zenicola Produções e Sucessivas Produções
Administração Financeira: Marise Lopes
Fotografia: Renato Mangolin
Video: Lucas Zenicola, Gabriel Japa e Erick Dias
Identidade Visual: Lucas Zenicola
Social Mídias: Laura Rosa
Assessoria de Comunicação: Luciana Cavalcante
Realização: Coletivo Muanes Dançateatro, Zenicola Produções e Sucessivas Produções