O projeto Língua Viva, que acontece a cada dois meses na primeira quarta do mês, busca ser um ponto convergente entre linguagem, psicanálise e processo criativo. A cada encontro os psicanalistas Marília Flores e Abílio Ribeiro desenvolvem um aspecto especifico da nossa língua. A arte intriga, faz enigma e provoca. À luz da psicanálise serão comentados ângulos e caminhos em torno do ato de criação e da experiência de fruição da arte, tanto para o artista quanto para o espectador/leitor.
TEMA: Abaporu (homem que come) - Manifesto antropofágico 100 anos depois.
No primeiro número da Revista Antropofagia, em 1 de maio de 1928, estava escrito: “Só a Antropofagia nos une. Socialmente. Economicamente. Filosoficamente (...)”. Assim, o poeta Oswald de Andrade rebelava-se “contra a verdade dos povos missionários”; demonstrando claramente aceitar a “transformação permanente do totem em tabu – absorção do inimigo sacro”. Essencialmente o Manifesto Antropofágico tinha como proposta, “devorar” a cultura e as técnicas importadas, provocando assim uma reelaboração de consciente autonomia, metamorfoseando a partir de um ponto de vista crítico, toda novidade ou influência vinda de fora; em um processo de redescoberta da própria realidade brasileira, convertendo o produto importado em exportável. A criativa nominação do manifesto, veio a beber na fonte da crença indígena, onde os nativos antropófagos comiam o inimigo, imaginando dessa forma, assimilar suas qualidades. A ideia de escrevê-lo, teria surgido quando a pintora Tarsila do Amaral no intuito de presentear o marido, Oswald de Andrade, entregou a ele no dia do seu aniversário, a tela “Abaporu” (aba = homem; poru = que come).
Estas e muitas outras histórias que cercam a icônica e centenária trajetória do Movimento Antropofágico, serão comentadas e debatidas pelos psicanalistas Marília Flores e Abílio Ribeiro Alves, durante a primeira temática de 2022 do Projeto Língua Viva. Temos um encontro marcado com a enriquecedora leitura psicanalítica, de um movimento que marcou definitivamente, os caminhos da Arte Moderna no Brasil.
Coordenadores do Projeto
Marília Flores, graduada e pós-graduada em psicologia pela UFF; psicanalista membro titular da SPID; professora colaboradora da SPB; co-autora do livro "Escritos sobre Psicanálise e Literatura" Ed. Companhia de Freud. Apaixonada por literatura, vem há anos dedicando-se a pesquisar a interface deste campo com a psicanálise, tendo idealizado e coordenado por quatro anos o projeto Interlocuções: Psicanálise e Literatura na Cidade das Artes.
Abílio Ribeiro Alves, graduação e Especialização pela PUC-RJ; psicanalista membro da ELP-RJ; coordenador do seminário Política e Ética na Psicanálise; autor do romance Siboney, publicado pela Editora Verve.
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NÃO SE ESQUEÇAM:
O comprovante de vacina contra a Covid-19 é obrigatório desde 15 de setembro, no Rio, para a visitação e entrada em alguns estabelecimentos e locais de uso coletivo. Junto a ele é necessário apresentar documento de identidade com foto.
Quais serão aceitos e como emitir?
-> Certificado de Vacinação Digital (disponível no aplicativo Conecte SUS).
-> Caderneta de Vacinação Impressa em Papel Timbrado (Disponibilizada na hora da vacinação pela Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, pelos Institutos de Pesquisa Clínica ou outras Instituições governamentais nacionais ou estrangeiras).
DECRETO RIO Nº 49335 DE 26 DE AGOSTO DE 2021.