Zé Miguel Wisnik reúne-se com a intérprete, que por mais de dez anos cantou ao lado de Tom Jobim, Paula Morelenbaum para uma homenagem a Vinícius de Moraes com a aula-show “Vinícius”. A apresentação conta ainda com a participação do violonista Lula Galvão, como músico convidado.
Zé Miguel Wisnik, Paula Morelenbaum e Lula Galvão apresentam “Vinícius” , em comemoração aos 100 anos do poeta/letrista erudito e mais popular que esse país já viu passar. A aulashow faz uma viagem pela obra do poeta e cancionista, pelas canções de "Orfeu", pelas canções musicadas
pelo próprio Vinicius, pelos seus parceiros, pela lírica amorosa, pelas relações entre poesia escrita e poesia cantada. “Vinícius Compositor”, “Outros compositores, influências”, "Garotas de Ipanema", “Amor Problema” e “Sem ontem nem amanhã”, são algumas das partes do roteiro.
PROGRAMAÇÃO GRATUITA
José Miguel Wisnik é músico, livre docente em literatura brasileira pela Universidade de São Paulo e ensaísta. Entre as suas principais publicações estão O som e o sentido – uma outra história das músicas (Companhia das Letras, 1989), Sem Receita – ensaios e canções (PubliFolha, 2004), Livro de Partituras (Gryphus, 2004), Veneno remédio – o futebol e o Brasil (Companhia das Letras, 2008) e Machado maxixe – o caso Pestana (PubliFolha, 2008). Como intérprete de suas canções, lançou um primeiro CD que leva seu nome como título (1993), depois “São Paulo Rio” (2000), “Pérolas aos poucos” (2003) e o CD duplo “Indivisível” (2011). Fez música para dança (“Nazareth”, em 1993, “Parabelo”, em parceria com Tom Zé, em 1997, “Onqotô”, em parceria com Caetano Veloso, em 2005 e “Sem mim”, parceria com Carlos Núñez, em 2011, todas encomendadas pelo Grupo Corpo), cinema (“Terra estrangeira” de Walter Salles Jr. e Daniela Thomas, em 1995, “Janela da alma”, de João Jard im e Walter Carvalho, 2001) e teatro (“As boas”, “Ham-let” e “Mistérios gozozos”, para o Teatro Oficina, além de “Pentesiléias”, de Daniela Thomas, dirigida por Bete Coelho). Nos últimos anos tem desenvolvido o gênero “aula-recital”, em parceria com o violonista e ensaísta Arthur Nestrovski. Recebeu o Prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro em 1978 (como Revelação de Autor) e em 2009 como ensaísta. Recebeu a bolsa da John Simon Guggenheim Foundation (1983-84), o Troféu Noel Rosa como compositor-revelação em 1989, o prêmio do Festival de Gramado na categoria música original para curta-metragem (1989), o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte por suas produções para teatro e dança em 1991, 1993 e 1995, e o prêmio de melhor música do Festival de Cinema do Ceará, pelo documentário longa-metragem “Janela da alma”, em 2001. Em 2009 recebeu a Ordem do Mérito Cultural. Atuou como conferencista convidado em diversas U niversidades do Brasil, da Europa e dos Estados Unidos, como professor visitante na Universidade da California, em Berkeley (2006) e como Tinker Professor pela Universidade de Chicago (2012).
Paula Morelenbaum, é uma das mais celebradas cantoras da nova geração da bossa-nova, tendo participado por 10 anos, como integrante da „Nova Banda“, de Antônio Carlos Jobim, participando de 4 albuns do maestro.
Em 1992 ela lançou seu primeiro álbum solo "Paula Morelenbaum“, que ganhou o Prêmio Sharp de melhor cantora revelação. No final dos anos 90, juntamente com seu marido Jaques, o filho e o neto de Jobim, Paulo e Daniel, fundou o „Quarteto Jobim-Morelenbaum“. Em 2001, sua carreira ganhou conhecimento internacional, quando gravou com Jaques e o proeminente compositor/pianista Ryuichi Sakamoto (Morelenbaum²/Sakamoto) os aclamados discos „Casa“ e „A day in New York“. Em 2004, Paula Morelenbaum lançou seu segundo disco solo, „Berimbaum“, no qual ela homenageou o poeta da bossa nova Vinícius de Moraes. Seu terceiro disco solo foi lançado em 2008, com o título „Telecoteco“, aonde ela mostra as raízes do gênero Bossa-Nova, e foi indicado ao Grammy Latino. Em 2010, juntamente com SWR Big Band alemã e Ralf Schimd, Paula gravou o álbum „Bossaren ova“ e com eles excursionou por varias cidades européias. Em 2011, lançou o album „Agua“, com repertório focalizado na obra do compositor João Donato e aonde ouvimos o encontro do piano inconfundível do compositor emoldurando sua voz. Em 2013, sai na Europa seu mais recente álbum, Samba-Prelúdio, aonde as culturas brasileiras e alemãs constroem uma ponte que liga belas melodias diminuindo a distância entre esses dois países.
Crédito da foto José Miguel Wisnik : Nino Andres
Crédito da foto Paula Morelenbaum: Paulo Fiori