Freud e Lacan nos demonstram que o artista precede o analista no encontro com o inconsciente. A condição trágica do humano e sua divisão subjetiva encontram na narrativa do autor, por exemplo, muitas possibilidades sublimatórias. Nelson Rodrigues transita entre o jornalismo, o texto literário e a dramaturgia. O ciúme, a traição e os crimes passionais são algumas de suas obsessões. Sobre Nelson escreveu Ruy Castro: "(...) um escritor a quem uma espécie de imã demoníaco (o acaso, o destino, o que for) estava sempre arrastando para uma realidade ainda mais dramática do que a que ele punha sobre o papel" ( O Anjo pornográfico, 1992).
PALESTRANTES: Abílio Ribeiro Alves e Marília Flores.