José Celso Martinez Corrêa em cena de 'O Rei da Vela', na Cidade das Artes: financiamento via crowdfunding - Foto: Divulgação
Publicado no SEGUNDO CADERNO
POR FÁTIMA SÁ 15/04/2018 19:07 / atualizado 16/04/2018 13:28
RIO — “A cultura teatral brasileira está no fundo de um precipício", desabafou Fernanda Montenegro, emocionada, ao fim da estreia carioca de “O Rei da Vela”, na noite de sábado.
“Há muito tempo os nossos palcos não apresentam nada igual. Há uma comoção geral na plateia, silenciosa, porque há uma necessidade de renascermos. Nós temos que renascer nos nossos palcos.” Da oitava fileira, voz empostada, dirigindo-se a José Celso Martinez Corrêa e ao elenco do Teatro Oficina, que permaneciam no palco, a maior dama do teatro brasileiro resumiu o sentimento geral que tomou a Grande Sala da Cidade das Artes.
Logo, arrumaram-lhe um microfone. E a atriz, que começara falando que “o Brasil está numa hora triste, e o Rio de Janeiro, numa hora tristíssima”, seguiu chamando a noite de “cerimônia” para retomar a vida.
“Temos que renascer, com grupos que realmente saiam dos monólogos, dos diálogos. Quando se trata de um triálogo, já é uma multidão. Zé, estamos vivendo numa catacumba em matéria de teatro. Mas vamos sair do buraco da catacumba. E uma noite como esta é uma esperança absoluta.”
Foi histórico, sim. E não só porque era “O Rei da Vela” 50 anos depois. Nem porque a plateia reunia, além de Fernanda Montenegro, nomes como Marieta Severo, Paulo José, Rosamaria Murtinho e Helio Eichbauer, criador dos icônicos cenários da montagem original e que voltam à cena agora.
Teve também a lamentável constatação de que a alegoria de Brasil escrita por Oswald de Andrade em 1933 e exposta no palco pela primeira vez em 1967 em São Paulo continua encontrando eco no Brasil de hoje.
E teve Zé Celso, 81 anos, atuando como a aristocrática Dona Poloca, cantando, dançando, discursando e incluindo no texto referências atuais e ironias a Silvio Santos, João Doria, Geraldo Alckmin, Marcelo Crivella, Janaína Paschoal e até à série “O mecanismo”.
“Marielle, presente. Hoje e sempre!”, grito-clamor dos palcos e plateias da cidade, também se fez ouvir ali. Contando os três atos do espetáculo (com dois intervalos), os desabafos e discursos de noite de estreia, foram quatro horas em que o tempo parou. Até se soltar na farra final do Oficina, com todos cantando os versos de José Miguel Wisnik que pareciam escritos para a noite: “A primavera é quando ninguém mais espera/ E desespera tudo em flor/ A primavera é quando ninguém acredita/ E ressuscita por amor”.
“O Rei da Vela” , não custa lembrar, só está aqui por insistência. A turnê carioca nasceu de uma campanha de crowdfunding movida por artistas como Fernanda Torres, Julia Lemmertz e a produtora Paula Lavigne (“Que agora é uma mulher completamente doida, maravilhosa. Ela sempre foi chata, mas agora tá ma-ra-vi-lho-sa”, brincou Zé Celso).
Não fosse assim, não haveria peça no Rio, onde ainda há seis sessões nos próximos finais de semana. Os ingressos, aliás, estão acabando rápido. Mas o sonho da trupe é levar a peça, com elenco encabeçado por Marcelo Drummond, Tulio Starling, Sylvia Prado e Camila Mota, ao Teatro João Caetano, na Praça Tiradentes, onde o Oficina apresentou “O Rei...” em 1968.
O estacionamento da Cidade das Artes estará fechado ao público a partir de 24 de fevereiro, segunda-feira, até 5 de março, quarta-feira de Cinzas, para a realização do evento CarnaRildy . Durante esse período, fica liberado o acesso apenas para embarque e desembarque, exclusivamente, pela entrada da Avenida das Américas
PROGRAMA FORMAÇÃO DE PLATEIA O Programa de FORMAÇÃO DE PLATEIA da Fundação Cidade das Artes tem por objetivo democratizar o acesso aos espetáculos e atividades culturais do Complexo Cidade das Artes Bibi Ferreira, promovendo a cidadania e a inclusão social . DO CREDENCIAMENTO E DOCUMENTAÇÃO - Poderá participar do Programa Pessoas Jurídicas sem fins lucrativos
Atenção! Informamos que os espaços internos e externos da Cidade das Artes estarão fechados de 23 de dezembro de 2024 a 05 de janeiro de 2025 . Lembramos que os ensaios fotográficos também estarão suspensos nesse período
A Cidade das Artes está com uma programação especial para comemorar o Dia Nacional da Consciência Negra (20/11) . As ações comemorativas do mês Novembro Negro, de valorização dos movimentos sociais antirracistas, incluem peça teatral, lançamento de livro, apresentação de canto e dança ambientada com o tema África, espetáculos de companhia de dança afro contemporânea, show dos Golden Boys – Pais e Filhos e evento multicultural de performance com artistas drags e negras do Rio de Janeiro
A Cidade das Artes reforça o compromisso em defesa da diversidade, inclusão e igualdade e prepara uma programação especial para comemorar o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, celebrado no dia 28 de junho . Para marcar a data, a Sala de Leitura recebe a advogada, psicanalista, escritora, especialista em mestre em Direito das Famílias e Sucessões”, Tânia Nigri, para um encontro sobre as conquistas fundamentais do público LGBTQIA+
A Cidade das Artes Bibi Ferreira suspende as atividades de atendimento ao público, a partir desta segunda-feira (27/05), para a realização dos eventos Rio2C e Energy Summit . A Sala de Leitura, a exposição da maquete Lego, as galerias e a bilheteria ficam fechadas temporariamente
R E S U L T A D O CLIQUE AQUI e veja se o seu projeto foi habilitado no edital de cessão de pauta 2024 da Cidade das Artes . Se o seu nome estiver na lista, aguarde o contato da equipe
A FUNDAÇÃO CIDADE DAS ARTES torna público o Programa de FORMAÇÃO DE PLATEIA que tem por objetivo democratizar o acesso aos espetáculos e atividades culturais do Complexo Cidade das Artes Bibi Ferreira, promovendo a cidadania e a inclusão social . 1- DO CREDENCIAMENTO E DOCUMENTAÇÃO 1
A Cidade das Artes Bibi Ferreira, na Barra da Tijuca, está com uma programação especial para comemorar o Dia Internacional da Mulher, celebrado em 08/03 . A agenda comemorativa inclui um concerto da Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB) em homenagem as mulheres na música, a realização do Prêmio Nise da Silveira, que é um reconhecimento a mulheres inspiradoras, bate-papo gratuito sobre maturidade feminina, evento com alunos da Secretaria Municipal de Educação e uma exposição de arte itinerante sobre diversas situações da vida feminina
A Cidade das Artes Bibi Ferreira, na Barra da Tijuca, vinculada à Secretaria Municipal de Cultura (SMC), venceu o prêmio “Musical . Rio Destaques 2023” na categoria de Teatro Favorito, com 28,8% dos votos