Em dezembro a Orquestra Sinfônica Brasileira recebe o violinista austríaco Daniel Auner em dois encontros. No primeiro, em formação camerística, dia 8, às 21h, no Teatro de Câmara da Cidade das Artes e, dia 9, às 20h, na Sala Cecilia Meireles.

Ambos os concertos têm regência do Maestro Lee Mills e no repertório, a estreia brasileira de “Elementos”, composição do norte-americano Michael McLean. Os ingressos custam a partir de R$ 20 (meia) e podem ser comprados nas bilheterias dos espaços culturais ou nos sites Ingresso Rápido, para a Cidade das Artes, e Ingresso.com, para a Sala Cecília Meireles.

Solista em concertos por todo o mundo, Daniel Auner também trilhou carreira como violinista camerístico e integra o Viena Mozart Trio desde 2008. Recebendo o austríaco, a OSB apresenta a estreia de “Elementos”, obra do norte-americano Michael McLean. “Daniel Auner, chamado de “jovem mestre violinista” pelo jornal austríaco Die Presse, em 2012, trará toda sua maturidade artística, técnica e virtuosismo na estreia brasileira de “Elements”, de Michael McLean. O primeiro movimento, “Terra”, tem sua inspiração retirada da História de Gêneses, onde o violino representa, de certa forma, Adão. Já o segundo movimento, “Ar”, explora sonoridades agudas do violino para criar uma atmosfera enevoada e etérea. O minimalismo é utilizado para representar o fluxo da “Água”, que dá nome ao terceiro movimento. E o fogo é representado pelo virtuosismo, velocidade e dificuldade técnica que consome o quarto movimento.” Explica Pablo Castellar, diretor artístico da OSB.

O repertório conta também com a obra “Ramificações”, composta por Ligeti para orquestra de cordas. O autor usa um processo rítmico similar ao de outras peças que ele escreveu da mesma época, como “Continuum” e “Atmosphères” repetindo rapidamente os temas e formando um macro ritmo pulsante. Separando os instrumentos em dois grupos, Ligeti faz com que a dinâmica da segunda parte da obra se modifique alternando padrões de ritmo. “Fantasia sobre um tema de Thomas Tallis”, de Ralph Vaughan Williams, encerra o concerto. A peça foi composta para duas orquestras de cordas e um quarteto, inspirada por uma melodia de Thomas Thalis. O artista cria uma sensação de dialogo, contrastando cordas graves e agudas.

No dia 9 de dezembro, quarta-feira, a orquestra ainda interpreta a obra “Sinfonia Popular nº 1”, do compositor brasileiro Radamés Gnatalli. Conhecido por peças que aproximam a música de concerto da popular, o autor foi pianista e arranjador de orquestras de diversas rádios, como a Rádio Clube do Brasil, a Cajuti, a Mayrink Veiga e a Rádio Nacional, onde trabalhou por 30 anos.

Sobre Daniel Auner

“Daniel Auner, um jovem mestre violinista de Viena”. Assim definiu o jornal austríaco Die Presse em 2012 sobre uma performance do músico no Musikverein de Viena. Vencedor de diversas competições, Auner já se apresentou em diversas cidades da Europa, Estados Unidos, Canadá, América do Sul e Ásia. Além de atuar como solista, o violinista desenvolveu sua carreira na música de câmara, integrando o Viena Mozart Trio desde 2008. Daniel Auner possui dois discos lançados e se apresenta atualmente com um violino de 1709 feito por Johann Christoph Leidolff e Hieronymus Amati.

Programa:

Música de Câmara IX – 21h – Teatro de Câmara da Cidade das Artes

Lee Mills, regência

Daniel Auner, violino

GYÖRGY LIGETI Ramificações

MICHAEL MCLEAN Elementos

RALPH VAUGHAN WILLIAMS Fantasia sobre um tema de Thomas Tallis, Op. 9