Karol Schittini completa neste ano 20 anos de carreira como atriz. Mineira, passou pelas Artes Cênicas na UFMG e cursou a Escola de Teatro Martins Pena no Rio de Janeiro, onde vive desde 2005. Em 2009 co-fundou o Teatro Trupiniquim, coletivo de artistas que atua com teatro, circo, música, cinema e literatura. Está em circulação nacional e internacional com "Residência no Redemoinho", seu primeiro espetáculo solo estreiado em 2010, com direção de Jiddu Saldanha e dramaturgia autoral, que traz mistérios e revelações do sertão abordado na literatura brasileira. A representação é fruto de seus estudos acerca da mímica corporal dramática e dança-teatro, onde a atriz, sem qualquer recurso de cenografia e com trilha sonora executada ao vivo, transita pelo tempo e espaço na saga de sua personagem, tão perto tão distante, entre a fé e a razão.

No sábado, Karol trará a palhaça Cor Iza para a Cidade das Artes, conversamos com ela sobre esse dia que vai ser muito especial.

CDA -Como e quando nasceu a palhaça Cor Iza?

Karol -Ela nasceu num 12 de outubro, em 1999. Tudo para ser uma linda festa, palco de carroceria de caminhão, grande campo gramado no Espírito Santo. Depois de água, sabão, fantasmas e cemitérios resolveu descer pra saudar de perto, tomar um sorvetinho e pleft, foi massacrada, saiu correndo com o nariz escorrendo, perseguida por mais de 800 crianças que queriam levar algum souvenir, roupa, sapato, cabelo e ... nariz. - Não, nariz não!! - provocou. Se lembrou onde ficava a saída pro camarim...Ufa!

CDA -O que tem da Karol Schitiini na Cor Iza?

Karol -A Cor Iza é o que eu tenho de mais doce!

CDA - Qual a mensagem que você deseja passar através desse trabalho? Qual a sua inspiração para ele?

Karol -Eu quero compartilhar e propagar o sorriso, a brincadeira e o jogo, que são bases das relações 
saudáveis, em qualquer nível de intimidade. Me inspiro nas crianças, no ato de brincar, que é o exercício do afeto e do raciocínio ao mesmo 
tempo, faz desenvolver a inteligência emocional através do espírito esportivo e principalmente, colocar em prática a paciência diante de uma decepção e a humildade diante de uma conquista.

CDA -O que você preparou para o sábado, na Cidade das Artes?

Karol -Serão jogos com bola, corda, tecidos e aros, além de brincadeiras de roda e rua conectadas ao Integral Bambu, esse brinquedo de montar, subir e explorar. E uma boa dose de poesia com a biblioteca da Cidade das Artes disposta na área das ativiades, para ler, contar e trocar histórias e experiências durante o piquinique de confraternização ao fim do dia.

CDA - Qual a expectativa para essa apresentação? O que o público pode esperar da Cor Iza?

Karol -Vamos nos divertir muito juntos com tarefas engraçadas, num percursso de obstáculos psicomotores e emocionais, onde ninguém ganha o jogo, pois vencer é participar, a maior vitória é se auto-superar a cada tentativa. 

CDA -Você ja conhecia a Cidade das Artes? Como você vê esse espaço e qual a importância que você atribui a ele para a vida cultural da Barra da Tijuca e da cidade?

Karol -Eu já conhecia a Cidade das Artes somente pela divulgação de outras atividades. Vejo o espaço a se tornar um importante centro de convivência, lugar de interação com conforto e segurança, que pode vir a ser cada vez mais ocupado com atividades interativas, onde o público seja parte construtiva do processo artístico e cultural, e não somente um mero expectador. E também, cada vez com mais 
crianças, que são a alegria pura!

As atrações desse sábado são gratuitas e começam a partir das 15h.

O evento é fruto da parceria da Cidade das Artes e do Rio Design.